Compartilhando Saberes do UCA

O mote desse blog é socializar com educadores as experiências vivenciadas pela Escola Estadual Joca Costa a partir da implantação do projeto UCA - Um Computador Por Aluno.



Rede Colaborativa de Aprendizagem

Sugestões de Atividades

 

Os desafios para diminuir a poluição e conter o efeito estufa
Descrição: Planeta Sustentável
Objetivos
- Compreender a relação entre a poluição do ar e o excesso de automóveis.
- Ler e interpretar gráficos e textos.
- Promover uma reflexão sobre ações que diminuem a poluição.
- Introduzir os conceitos de efeito estufa e de créditos de carbono.

Conteúdos
- Poluição do ar: causas, consequências e soluções.
- Efeito estufa.
- Créditos de carbono.
- Crescimento desenfreado das cidades.
Anos
4º e 5º anos
Tempo estimado
Cinco aulas
Materiais necessários
Cópias das figuras 1, 2, 3 e 4 para mostrar à turma; gráfico da evolução da frota de veículos no Brasil; textos de apoio sobre o Dia Mundial sem Carro (disponíveis em http://abr.io/1Tqi e em http://abr.io/1Tqk); textos de apoio sobre o efeito estufa e o dióxido de carbono e infográfico que mostra como se dá o efeito estufa, todos contidos neste plano de aula; além de um computador com acesso à internet para pesquisas em sala.

Introdução
O crescimento desenfreado das cidades vem causando uma série de problemas urbanos: congestionamentos, poluição do ar, das águas, excesso de lixo nas ruas, ocupação de áreas de várzeas, falta de saneamento básico, entre outros. Este plano de aula tem como proposta discutir com a turma as causas e consequências da poluição do ar, com foco na emissão de gases de efeito estufa, abordando possíveis soluções para diminuir o problema.

Desenvolvimento
1ª aula
Descrição: Imagens mostram diferentes situações que causam a poluição do ar (escapamentos de veículos, fumaça das indústrias etc.
Em sentido horário: Figura 1: fumaça saindo de uma chaminé industrial (Foto: Jorge Rosenberg); Figura 2: fumaça saindo do escapamento de um caminhão (Foto: Germano Luders);Figura 3: Avenida 23 de maio, em São Paulo (Foto: Mario Rodrigues) e Fogura 4: lixo acumulado na rua (Foto: Alexande Sant'anna)
Inicie a aula apresentando à turma um conjunto de imagens que representem causam que ampliam a poluição do ar nas grandes cidades: a ação das indústrias, os congestionamentos nas metrópoles, os escapamentos dos automóveis e o excesso de lixo nas cidades (conforme as figuras 1, 2, 3 e 4 acima).
Peça aos alunos que observem as imagens e identifiquem os problemas contidos em cada uma delas. Depois de registrar as repostas dos alunos na lousa comente que o crescimento desordenado das cidades brasileiras tem agravado os problemas registrados nas fotos. Questione seus alunos sobre os motivos que levaram a esse crescimento desordenado e rápido das cidades e informe aos estudantes que cidades como São Paulo e Rio de Janeiro viraram polos de atração populacional, pois ofereciam mais oportunidades de emprego e melhor infraestrutura urbana - como hospitais e escolas. Destaque que essa concentração de pessoas nas cidades é um processo que se intensificou nos últimos 50 anos em função do êxodo rural - que nada mais é do que o deslocamento de pessoas da zona rural (campo) para a zona urbana (cidades).
No Brasil, os dados do Censo Demográfico do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostram que em 1950 a taxa de urbanização era de 36,1%. Em cinquenta anos, entre 1950 e 2000, a taxa de urbanização subiu para 81,2%. O êxodo rural e a intensificação do processo de industrialização contribuíram para esse processo.
Comente que a modernização da agricultura substituiu boa parte da mão de obra pela ação de máquinas agrícolas, como tratores e colheitadeiras. Nossa estrutura fundiária concentra grandes extensões de terra nas mãos de poucos proprietários. Desta forma, os trabalhadores foram, aos poucos, expulsos de suas terras, sendo obrigados a migrar para as cidades em busca de empregos, salários e melhores condições de vida.
O processo de industrialização brasileiro atraiu milhares de migrantes do campo para as cidades, uma vez que era necessária muita mão de obra para trabalhar nas fábricas, na construção civil, no comércio ou nos setores de serviços. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), no ano de 2005 o Brasil tinha uma taxa de urbanização de 84,2% e, de acordo com algumas projeções, até 2050 a porcentagem da população brasileira que vive em centros urbanos deve pular para 93,6%.
Com base nessas informações, é possível relacionar o rápido crescimento das cidades com o surgimento de graves problemas urbanos. Dentre eles destacam-se o desemprego, que obriga muitos trabalhadores a irem para o mercado de trabalho informal; e a falta de moradia, que obriga as pessoas das camadas mais pobres da sociedade a ocupar as várzeas dos rios, dos córregos, as margens das represas e as encostas dos morros. Em decorrência disso, as pessoas passam a residir em habitações como favelas, cortiços ou em bairros de periferia das grandes cidades, que são carentes de infraestrutura e não conseguem oferecer condições de saneamento básico. Isso, sem falar em problemas como o aumento de resíduos sólidos (lixo), o lançamento de esgoto diretamente nos rios e córregos, o aumento dos congestionamentos e da poluição do ar. Um bom exemplo para citar aos alunos é o da região Sudeste, onde se localizam as três das cidades brasileiras com mais de 1 milhão de habitantes (São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte), bem como 50% das cidades com população entre 500 mil e 1 milhão de habitantes.
Ao final dessa discussão é esperado que os alunos compreendam que boa parte dos problemas enfrentados pelas grandes cidades tem origem no processo de urbanização desenfreada.

2ª aula
Conte aos alunos que o objetivo desta aula é aprofundar a investigação sobre um dos mais graves problemas urbanos, a poluição do ar. Para tanto, distribua para a turma um resumo da entrevista com Paulo Saldiva, médico especialista em poluição atmosférica.
Entrevista com Paulo Saldiva, médico especialista em poluição atmosférica
Em São Paulo, cerca de 4 mil pessoas morrem anualmente em consequência de problemas causados pela poluição do ar. O custo da poluição para a saúde, somando-se internações, mortalidade e redução da expectativa de vida, chega a US$ 1,5 bilhão de dólares. Amparado em dados como estes, o médico Paulo Saldiva é um crítico feroz da utilização abusiva do automóvel nas grandes cidades. Para Saldiva, o carro é a forma menos eficiente de mobilidade, uma vez que a velocidade que atinge hoje nos centros urbanos não ultrapassa 8 quilômetros por hora ─ metade da alcançada por nossos antepassados conseguiam a cavalo. O que faria se exercesse por algum tempo o poder absoluto? As primeiras deliberações resultariam na redução drástica das áreas destinadas aos automóveis, no aumento do espaço reservado à circulação do transporte público coletivo e na instauração do pedágio urbano. Para o entrevistado, registra-se no mundo inteiro um fenômeno que qualifica de racismo ambiental. "As ilhas de vulnerabilidade ambiental estão associadas às ilhas de pobreza", resume o especialista.
Fonte: Veja.com
Leia também a resenha do livro "Meio Ambiente e Saúde", organizado por Paulo Saldiva e disponivel no site Planeta Sustentável: http://abr.io/1Tqo
Peça aos alunos que façam a leitura silenciosa do texto e solicite que registrem no caderno algumas informações apresentadas, conforme o modelo abaixo:

- Assunto da entrevista
- Local da ocorrência
- O que provoca o problema mencionado pelo médico 
- Quais as consequências do problema
Ao longo da atividade é importante que os alunos percebam que nas grandes cidades, como São Paulo, o excesso de automóveis é o grande causador da poluição do ar. Para complementar a análise apresente o gráfico que mostra a evolução da frota de veículos no Brasil (abaixo) e peça para que os estudantes respondam às seguintes questões:

- Qual era o tamanho da frota de carros no Brasil no ano de 2000?
- Qual era o tamanho da frota de carros no Brasil no ano de 2010?
- O que ocorreu com a frota de carros no Brasil no período de 2000 a 2010?
Descrição: Gráfico mostra o aumento na frota de veículos no Brasil entre 2000 e 2010. Fonte: Denatran
Gráfico mostra o crescimento da frota de veículos no Brasil entre os anos 2000 e 2010. Fonte: Denatran
É importante destacar que a frota de carros mais do que dobrou nesse período, piorando ainda mais a qualidade do ar que respiramos. Esse ritmo de crescimento no consumo de carros, contudo, é muito superior ao ritmo de crescimento da população brasileira no mesmo período. Então, como explicar ritmo acelerado no consumo de carros no Brasil? A resposta está no aquecimento da economia do país nos últimos anos, resultado da estabilidade econômica e do aumento da renda.
Converse com os alunos sobre a necessidade ou não de utilizar carros nos grandes centros urbanos. Questione a qualidade do transporte público e as alternativas para quem não dispõe de automóveis. Pergunte, então, se eles já ouviram falar a respeito dos efeitos nocivos que o uso dos carros causa à saúde e ao meio ambiente e como poderiam ser minimizados. Registre as principais respostas dos alunos no quadro e, em seguida, proponha a leitura compartilhada do texto disponível em http://abr.io/1Tqk, assinalando as sugestões apresentadas na reportagem. Compare as opiniões dos alunos às indicadas na reportagem. Que fato novo eles aprenderam com essa leitura? Que outras atitudes poderiam ser tomadas para reduzir a emissão de poluentes?
Termine esta aula destacando que os benefícios do uso do automóvel se restringem a poucos usuários, enquanto que os prejuízos afetam toda a população e o meio ambiente. Por isso, é fundamental a participação de todos na redução e no combate ao uso indiscriminado de veículos.

3ª aula
Retome as discussões da aula anterior sobre o uso de carros e a poluição do ar. Acrescente que os carros são apontados como vilões do aquecimento global. Eles estão entre os principais responsáveis pela emissão de poluentes como gás carbônico, compostos orgânicos voláteis e óxidos de nitrogênio, entre outros - causas artificiais às quais se atribui o aumento do efeito estufa e da contaminação atmosférica.
Mas a sua turma sabe o que é o efeito estufa? Para ampliar a discussão e introduzir o conceito de efeito estufa, converse com os alunos sobre os gases presentes na fumaça que sai dos escapamentos dos veículos. Explique que além de provocar diversas doenças respiratórias como bronquite, rinite e asma - que têm levado milhares de pessoas, principalmente crianças e idosos, aos hospitais todos os anos - a emissão de gases também contribui para o aquecimento do planeta.
Use os textos de apoio se considerar necessário. Se possível, apresente a ilustração abaixo para facilitar o entendimento do mecanismo de funcionamento do efeito estufa.
Efeito estufa
O efeito estufa é um fenômeno natural responsável pela manutenção da temperatura da Terra. Caso não existisse, o planeta seria muito frio e a vida seria impossível. Isso, porque uma parte da radiação solar é absorvida pelos gases presentes na atmosfera terrestre, retendo o calor no planeta. Sendo assim, a Terra se mantém aquecida o suficiente para que haja vida.
Atualmente, a poluição do ar tem aumentado bastante devido à queima da gasolina e do óleo diesel pelos veículos nas grandes cidades, o que provoca a presença excessiva de gases do efeito estufa: dióxido de carbono (CO2), metano (CH4), óxido nitroso (N2O), entre outros. Esse aumento dos poluentes tem causado um aquecimento maior a cada ano, comprometendo a vida no planeta.
As principais consequências da elevação da temperatura da Terra são as alterações climáticas e o derretimento das calotas polares.
Dióxido de carbono (CO2)
Este gás é responsável por 63% do efeito estufa total. Além disso, é o gás que mais contribui para o aquecimento global: em 2004, representou 77% das emissões globais.
(...) A concentração de CO2 na atmosfera aumentou 36% no período de 1750 a 2006.
Entre suas principais fontes estão a queima de combustíveis fósseis, como o petróleo, o carvão e o gás natural (82%), e o desmatamento de florestas tropicais (18%). O uso de combustíveis fósseis acontece em grande intensidade no transporte, nos sistemas de aquecimento e resfriamento em construções, na produção de cimento, entre tantas outras atividades.
Fonte: texto adaptado do site www.mudancasclimaticas.andi.org.br/node/661
Descrição: Efeito estufa
Efeito estufa Fonte: http://revistaescola.abril.com.br/geografia/fundamentos/quais-consequencias-boas-efeito-estufa-488078.shtml
Depois de explicar os conceitos aos alunos, é importante ressaltar que a poluição não têm fronteiras, ou seja, não alcança apenas um lugar, uma vez que o CO2, lançado pelos automóveis, contribui para aumentar o efeito estufa e atingir uma escala planetária.

4ª aula
Inicie essa aula dividindo a turma em pequenos grupos, de três ou quatro alunos. Em seguida distribua o mapa abaixo e peça para que os alunos observem e respondam às seguintes questões:
1- Que assunto está apresentado no mapa?
2- Identifique, em ordem decrescente, os locais que mais emitem CO2 no mundo.
3- Quais são os três países que mais emitem CO2?
Descrição: Imagem mostra a emissão de gás carbônico em todo o mundo
A emissão de gás carbônico em diversos países do globo.
O objetivo é que os alunos identifiquem os Estados Unidos, a China e a Rússia como sendo os principais responsáveis pelas emissões de CO2 e percebam que essa emissão ocorre de forma desigual no mundo. Por isso, a culpa pelo aquecimento global também deverá ser apontada de acordo com a quantidade de gases do efeito estufa que cada país produz.
Converse com a turma sobre o que eles entendem a respeito do gás carbônico. Se necessário, reapresente as imagens da 1ª aula. Pergunte se sabem como o CO2 é gerado e que problemas causa. Anote as principais respostas na lousa.
Depois, explique que o CO2 também pode ser transformado em "valor", na forma de créditos de carbono. Conte que o termo crédito de carbono passou a ser usado depois que os países da Organização das Nações Unidas (ONU) assinaram, em 1997, um acordo estipulando o controle sobre as intervenções humanas no clima, o Protocolo de Kyoto.
Este tratado determina que os países desenvolvidos reduzam as emissões de gases de efeito estufa em 5,2% entre 2008 e 2012, em várias atividades econômicas. Para atingir as metas, os países que assinaram o Protocolo de Kyoto vão ter de tornar os setores de energia e transporte mais eficientes e menos poluidores, utilizando cada vez mais fontes de energia renováveis como a hidrelétrica, a biomassa, a eólica e a solar, além de proteger florestas e outros sumidouros de carbono.
Para garantir que a redução da emissão do gás carbônico não reduza também o crescimento econômico, foi estabelecido que os países podem comprar até 15% da meta de redução da emissão de gases em "créditos de carbono" das regiões que já atingiram seus objetivos.
Para facilitar o entendimento e tornar a aula mais dinâmica, mostre aos alunos o vídeo que explica o que são os Créditos de Carbono, com 2"30 de duração.

5ª aula
Nesta etapa, é necessário retomar algumas soluções discutidas pelos alunos nas aulas anteriores: redução drástica das áreas destinadas aos automóveis; aumento do espaço reservado à circulação do transporte público coletivo; instauração do pedágio urbano; melhoria na qualidade do transporte público; utilização de veículos alternativos, como as bicicletas; diminuição das queimadas e aumento do comercio do crédito de carbono.
Com base nas informações, proponha que, em grupos, os alunos confeccionem um mural com imagens e slogans. É importante que o mural da turma apresente as possíveis soluções para diminuição dos gases causadores do efeito estufa. Para este trabalho, os alunos poderão utilizar recortes de revistas, jornais ou produzir desenhos. Sugira como fonte de pesquisa os textos apresentados nessa sequência, o site Planeta Sustentável e os vídeos da entrevista do Paulo Saldiva em http://abr.io/1Tqs
Reserve o tempo da aula para orientar a investigação dos grupos e a confecção dos painéis. O mural poderá ser exposto nos corredores da escola, como forma de conscientizar a comunidade escolar sobre a importância da contenção do aumento do efeito estufa.

Avaliação
Leve em conta os objetivos definidos no início deste plano de aula e a participação dos alunos individual e coletivamente durante os momentos de leitura, atividades e discussões em sala. Verifique se houve entendimento sobre as causas e consequências da poluição do ar e como ela afeta o organismo humano. Aproveite os debates feitos em sala para perceber se os alunos entenderam a relação entre poluição do ar e efeito estufa, bem como sua relação com a emissão de créditos de carbono. A confecção dos painéis para o mural finaliza a sequência. Se após este trabalho as dúvidas persistirem, reserve alguns minutos da próxima aula para esclarecê-las aos alunos.
Consultoria Edinilson Quintiliano dos Santos e Clodoaldo Gomes Alencar Júnior
Mestres em Geografia pela PUC de São Paulo.

Como explorar as diferentes paisagens brasileiras com "O Caminho das Nuvens"
Descrição: caminho das nuvens. Foto: Divulgação
Introdução
Em O Caminho das Nuvens, pai, mãe e cinco filhos da Paraíba saem de seu estado com destino ao Rio de Janeiro em busca de uma vida melhor, repetindo um ciclo de migração que o Brasil conhece bem há décadas. Mas, por falta de dinheiro, eles percorrem os 3,2 mil quilômetros do percurso de bicicleta. "Além de discutir o processo da migração interna, as imagens também revelam aos alunos a diferença da paisagem em cada estado por onde passam os protagonistas", afirma a professora Aline Souza Melo, que leciona nos colégios Nova Escola e I. L. Peretz, ambos em São Paulo.

Objetivo
Observar as mudanças da paisagem (construções e natureza) e dos modos de vida (roupas, costumes e tecnologia) ao longo do tempo.

Conteúdo
Paisagem, espaço e lugar.
Ano
5º.

Trechos selecionados
Foco no início do filme, que ilustra a realidade da família na Paraíba e as cenas que mostram as mudanças de cenário à medida que os personagens avançam (cena 1 - 1m30s a 9m10s; cena 2 - 16m57s a 21m55s; cena 3 - 24m04s a 25m08s; cena 4 - 35m16s a 39m25s; cena 5 - 51m51s a 53m45s). O fim do filme, quando chegam ao destino (cena 6 - 1h10m20 a 1h18m00s).

Atividade
Distribua um roteiro de observação do filme com alguns itens para direcionar o olhar dos estudantes sobre paisagem, relações familiares, cultura, condições de trabalho e objetivo da família. Exiba os trechos do filme e, no fim, peça que escrevam sobre o desenvolvimento de cada estado, as condições das estradas, o estilo das construções, aspectos que mostrem a desigualdade social, o papel de cada um na família e a importância da obediência aos pais. Questione também o que eles acham sobre o pensamento fixo da família em mudar de cidade e melhorar a qualidade de vida. Sistematize as respostas no quadro e organize uma discussão coletiva.

Avaliação
Analise se os alunos tiraram do filme as informações solicitadas, suas percepções e como se saem no debate.
Professora Aline Souza Melo
professora dos colégios Nova Escola e I. L. Peretz, ambos em São Paulo

Caminhada pelo entorno da escola
Objetivos
-reconhecer a importância de se preservar as áreas verdes para a melhoria da qualidade de vida e do meio ambiente;
-identificar e mapear a presença do verde na escola e em seu entorno.

Conteúdo
-a ocupação desordenada pelo homem do espaço que ocupa;
-o desrespeito do homem com o meio ambiente;
-a importância da preservação de áreas verdes em espaços urbanos para a melhoria da qualidade de vida.

Ano
4º e 5º

Tempo estimado
5 aulas

Material necessário
-recortes de notícias atuais sobre mudanças climáticas encontradas em jornais, revistas, artigos da internet;
-croqui da escola e seu entorno, esse croqui pode ser conseguido aqui.
-máquina fotográfica.

Desenvolvimento
1ª aula: Divida os estudantes em grupos e entregue as reportagens. Peça que os alunos leiam e discutam, com base nos seguintes questionamentos:
-O que são mudanças climáticas? Por que acontecem?
-Que conseqüências essas mudanças trarão ao homem?
-Que atitudes o homem pode tomar para amenizar essas mudanças?
-A presença de árvores e áreas verdes pode contribuir para a melhoria do meio ambiente?
Conduza um debate entre os grupos mostrando como o homem se apropria indevidamente do espaço, desmatando áreas verdes e construindo sem planejamento. Saliente a importância de atitudes diárias individuais para a transformação das condições ambientais globais.

2ª aula: Entregue um croqui, para que os estudantes possam mapear as árvores que estão no entorno da escola durante a caminhada, e um questionário, que servirá como roteiro de observação:
-você observa muitas árvores nesta rua?
-em que condições de preservação elas se encontram?
-toda casa possui uma árvore?
-essas árvores são novas ou antigas?
-são árvores frutíferas? você consegue identificar algum morador (pássaro) na árvore?
-qual o benefício que uma árvore traz ao morador que a possui?

3ª aula: Este é o momento de sair a campo. Leve os estudantes para fora da escola, caminhe por todo o entorno, percorrendo ruas e parando sempre que encontrar uma árvore para que eles possam realizar o registro e mapear a localização das árvores no croqui.
Durante o trajeto, fotografe os estudantes trabalhando, a paisagem e árvores observadas.

4ª aula: De volta à sala de aula, abra um círculo de debate. Deixe que contem o que acharam da caminhada e das árvores que encontraram. Faça no quadro um registro da observação do coletivo, anote as possíveis sugestões que surgirem.

5ª aula: Faça um painel com as fotos tiradas e o registro coletivo. Ele servirá de ponto de partida para ações futuras.

Avaliação
Divididos em grupos, os estudantes deverão confeccionar cartazes sobre o que aprenderam em relação as questões ambientais e a ação humana.Deverão fixarem nos murais da escola com a finalidade de sensibilizarem os demais estudantes.
Consultoria: Silmara Maria Cruz Paiva
Professora de Geografia

A cidade e a produção dos lugares
Objetivos
- Compreender a dinâmica dos espaços urbanos e seu significado para a vida cotidiana partindo da observação de paisagens do bairro da escola.

Conteúdos
- Paisagens urbanas.
- Dinâmica urbana: produção, circulação e moradia.
- Equipamentos e serviços urbanos.
- Setores da economia.

Anos
4º e 5º

Tempo estimado
7 aulas. 

Material necessário
Planta do bairro da escola e mapa da cidade ou computadores com o programa Google Earth, câmara fotográfica ou celular, mural de exposição, fotografias de paisagens urbanas.
Flexibilização
Para alunos com deficiência visual
Ao longo da primeira etapa, solicite ao aluno cego que compartilhe suas observações sobre a paisagem do bairro da escola: que dificuldades ele enfrenta para se locomover e chegar a até a escola? O que chama a atenção ao longo do percurso? Ofereça registros por escrito, em braile, a respeito da noção de paisagem e sobre a cidade ou o bairro. Os contornos das plantas da cidade e da escola devem ser feitos com cola de relevo, pedaços de barbante ou pontilhados, em braile. Pontos importantes podem ganhar preenchimentos com pedaços de tecido, algodão ou folhas secas (para localizar praças ou parques, por exemplo). Se necessário, amplie o tempo de realização de cada uma das etapas para que o aluno com deficiência visual acompanhe o desenvolvimento da sequência e conte sempre com a ajuda do profissional responsável pelo Atendimento Educacional Especializado (AEE) para desenvolver habilidades específicas - como a leitura e a escrita no sistema braile ou o uso de softwares que permitem a navegação pela internet, como o Jauss.

Desenvolvimento
1ª etapa
Solicite aos alunos que observem a paisagem do bairro da escola, nos caminhos que percorrerem, procurando identificar aspectos relevantes do local. Eles podem citar o que notam nas características das ruas, praças, parques, pontos de comércio, serviços, indústria ou outra produção, moradias.

Para identificá-los, faça questões como: 1. O que é? 2. Onde está localizado? 3. Qual seu aspecto positivo ou o problema que se percebe em sua observação? 5. Por que ele está assim?

2ª etapa
Peça aos alunos que relatem as paisagens observadas. Indique as condições de manutenção e os benefícios/problemas que eles acarretam para o cotidiano dos que vivem no bairro.

Comente sobre a importância de saber observar as paisagens e o que ela pode revelar. Apresente explicações de elementos da produção do espaço urbano, destacando os processos de expansão, valorização e periferização. Explique a dinâmica da cidade e seus setores de atividades, destacando que o modo como os espaços são construídos e sua dinâmica está relacionado com as demandas da vida no bairro e também a requisitos da cidade e de outras cidades. Por exemplo: os modelos arquitetônicos de arranjo de praças são definidos por gestores da cidade, que padronizam o modo de "urbanizar" esses equipamentos em diversos lugares da cidade, com base em orientações tecno-científicas; os objetos vendidos no bairro são produzidos em outras partes da cidade, ou em outras partes do mundo, e pertencem a uma rede de produção.

Indique que as práticas das pessoas que vivem no bairro revelam um modo de ser do bairro, mas também se explicam por um modo de vida global predominante na atualidade. Leve, para ajudar na argumentação, fotografias de outros lugares da cidade e de outras cidades que mostrem pessoas circulando. Mostre também grupos utilizando transportes coletivos e carros; unidades residenciais de diferentes modelos arquitetônicos, espaços públicos de lazer, de saúde, casas de comércio e serviços (padarias, supermercados, lan-houses).

3ª etapa
Apresente a planta da cidade (ou localize a cidade no Google Earth) e localize, com os alunos, o bairro da escola. Explique a localização e o significado dessa localização para os alunos - trata-se de um espaço central ou periférico? Faz parte de uma área valorizada ou desvalorizada da cidade? Caracteriza-se como um bairro residencial ou de uso misto? Após a sua explicação, apresente a planta urbana do bairro da escola. Nela, trace alguns roteiros para percorrerem parte do bairro - veja de que maneira você consegue organizar essas saídas conforme a estrutura que tem na escola. Elabore a orientação do trabalho dos grupos: diga para observarem atentamente a paisagem, buscando apreender aqueles elementos destacados em sala de aula. Diga para escolherem "cenários" dessa paisagem para serem fotografados. Adapte essa situação para a sua realidade: se for viável, peça para os alunos mesmo fotografarem. Se não, faça as imagens conforme as indicações deles e registre as imagens que você acha essenciais. Para planejar o trabalho de campo com os alunos, prepare uma carta para a família de cada aluno explicando a atividade.

4ª etapa
Após o período do trabalho de campo, reúna o material fotográfico produzido. Em seguida, divida os alunos em grupos para selecionar as fotos, separando as imagens conforme os temas. 

5ª etapa
Diga aos alunos produzirem painéis unindo fotos e textos com comentários sobre o que as fotos revelam (o que se vê e o que se pode interpretar). Exponha os trabalhos em espaço da escola destinado a esse fim.

Avaliação
Debata sobre a experiência de conhecer o próprio bairro, comparando os elementos apontados na observação inicial e os apontados após a produção do painel fotográfico e as discussões em sala de aula.

Após o debate, cada grupo de alunos deve escrever um texto caracterizando o bairro, e destacando sua compreensão da valorização desse espaço em relação a outros espaços da cidade e a indicação de problemas evidenciados para sua gestão.
Consultoria: Lana de Souza Cavalcanti
Professora do Instituto de Estudos Sócio-Ambientais (IESA) da Universidade Federal de Goiás (UFG).
Cristina Maria Costa Leite - Postado em 20/11/2011 19:49:46
Lana Cavalcanti, como sempre, dando show de competência! É com enorme prazer que estudo suas proposições. Atenciosamente, Cristina Leite

 

 

 

 

PLANO DE AULA RODÍZIO- 3ª & 4ª SÉRIE - FÁBULAS




Sugestões de Atividades: Fábulas
Fonte: Blog-Comunicação e Linguagem


I. Competências e Habilidades :
· Compreender o sentido das mensagens orais e escritas de que é destinatário direto ou indireto;
· Refletir sobre a língua oral, seu uso e adequação;
· Expor oralmente com desenvoltura;
· Construir sentimentos, experiências e idéias a partir da leitura;[1]

II. Objetivo geral : Desenvolver através de fábulas momentos de descontração e criatividade na produção de textos escritos modificando o narrador da história.
III. Objetivos específicos:
· Promover momento de leitura e escrita em sala de aula;
· Possibilitar a troca de informações entre os alunos;
· Desenvolver a percepção das várias versões de textos;
· Trabalhar com a oralidade dos alunos;

IV. Recursos materiais:· quadro-giz;
· folha branca;
· fábulas impressas;

V. Recursos humanos:
· Professor leitor da fábula;
· Diálogo para explicações e organização das idéias das crianças;
· Auxílio do professor na construção dos textos;

VI. ProcedimentosA) 1º Momento:

Contar ou ler uma fábula aos alunos;

B) 2º Momento:

Interpretação e entendimento oral da fábula;

C) 3º Momento:

Propor a reprodução coletiva da fábula contada mudando a visão da história e passando para a primeira pessoa.
Fazer interferência no quadro chamando a atenção para a escrita das palavras, pontuação, seqüência de idéias, dentre outros elementos imprescindíveis na construção de textos;
Registro da fábula adaptada no caderno.

D) 4º Momento:
Propor a criação individual de fábulas.
Apresentar diversas possibilidades para a escolha, tais como:
· O homem e o rio;
· O sapo e a mosca;
· A formiga e a galinha;
· O gato e o cachorro;
· O leão e a formiguinha;
· Ou mesmo deixar a livre escolha individual do aluno;

E) 5º Momento:
Estas produções poderão ser realizadas em folhas avulsas para que haja um posterior reajuste por parte do professor com o auxílio do olho vivo.
Caso os alunos não consigam terminar esta atividade poderão realizá-la no próximo encontro (recolher as folhas);



ALGUMAS FÁBULAS
O LEÃO E O RATINHO
Ao sair do buraco viu-se um ratinho entre as patas do leão. Estacou de pêlos em pé, paralisado pelo terror. O leão porém, não lhe fez mal nenhum.
- Segue em paz, ratinho,; não tenhas medo de teu rei.
Dias depois o leão caiu numa rede. Urrou desesperadamente, debateu-se, mas quanto mais se agitava mais preso no laço ficava.
Atraído pelos urros, apareceu o ratinho.
-Amor com amor se paga- disse ele lá consigo e pôs-se a roer as cordas.
Num instante conseguiu romper uma das malhas. E como a rede era das tais que rompida a primeira malha as outras se afrouxam, pôde o leão deslindar-se e fugir.
Mais vale paciência pequenina do que arrancos de leão
(LOBATO, Monteiro, Fábulas, editora brasiliense, 2004, p.51)
A CORUJA E A ÁGUIA
Coruja e águia, depois de muita briga, resolveram fazer as pazes.
- Basta de guerra- disse a coruja. O mundo é tão grande, e tolice maior que o mundo é andarmos a comer os filhotes uma da outra.
- Perfeitamente- respondeu a águia.- Também eu não quero outra coisa.
-Nesse caso combinemos isto: de agora em diante não comerás nunca os meus filhotes.
-Muito bem. Mas como posso distinguir os teus filhotes?
-Coisa fácil. Sempre que encontrares uns borrachos lindos, bem feitinhos de corpo, alegres, cheios de uma graça especial que não existe em filhote de nenhuma outra ave, já sabes são os meus.
-Está feito! -concluiu a águia.
Dias depois, andando à caça, a águia encontrou um ninho com três monstrengos dentro, que piavam de bico muito aberto.
- Horríveis bichos!- disse ela. Vê-se logo que não são os filhos da coruja. E comeu-os.
Mas eram os filhos da coruja. Ao regressar à toca a triste mãe chorou amargamente e foi justar contas com a rainha das aves.
-Que? - disse esta, admirada. Eram teus filhos aqueles monstrenguinhos? Pois, olha, não pareciam nada com o retrato que deles me fizeste...

Para retrato de filho ninguém acredite em pintor pai. Lá diz o ditado: quem o feio ama, bonito lhe parece.
(LOBATO, Monteiro, Fábulas, editora brasiliense, 2004, p. 8-9)

A RÃ E O BOI
Tomavam sol à beira dum brejo uma rã e uma saracura. Nisto chegou um boi que vinha para o bebedouro.
- Quer ver, disse a rã, como fico do tamanho deste animal?
- Impossível rãzinha. Cada qual como Deus o fez.
- Pois olhe lá!-retorquiu a rã estufando-se toda. Não estou "quase" igual a ele?
- Capaz! Falta muito, amiga.
A rã estufou-se mais um bocado.
-E agora?
- Longe ainda!
A rã fez novo esforço.
- E agora?
- Que esperança!...
A rã concentrando todas as forças,engoliu mais ar e foi se estufando, estufando, até que, plaf! rebentou como um balãozinho de elástico.
O boi que tinha acabado de beber, lançou um olhar de filósofo sobre a rã moribunda e disse:
-Quem nasce para dez réis não chega a vintém!
(LOBATO, Monteiro, Fábulas, editora brasiliense, 2004, p. 10)


O GALO QUE LOGROU A RAPOSA

Um velho galo matreiro, percebendo a aproximação da raposa, empoleirou-se numa árvore.A raposa, desapontada, murmurou consigo: "Deixa estar, seu malandro, que já te curo!" E em voz alta:
- Amigo, venho contar uma grande novidade: acabou-se a guerra entre os animais. Lobo e cordeiro, gavião e pinto, onça e veado, raposa e galinhas, todos os bichos andam agora aos beijos como namorados. Desça desse poleiro e venha receber o meu abraço de paz e amor.
- Muito bem!´ exclamou o galo. Não imagina como tal notícia me alegra! Que beleza vai ficar o mundo, limpo de guerras, crueldades e traições! Vou já descer para abraçar a amiga raposa, mas... como lá vem vindo três cachorros, acho bom esperá-los, para que também eles tomem parte na confraternização.
Ao ouvir falar em cachorros, Dona Raposa não quis saber de histórias, e tratou de pôr-se ao fresco, dizendo:
- Infelizmente, amigo Co-ri-có-có, tenho pressa e não posso esperar pelos amigos cães. Fica pra outra vez a festa, sim? Até logo.
E raspou-se.

Contra esperteza, esperteza e meia.
(LOBATO, Monteiro, Fábulas, editora brasiliense, 2004, p.19)

A ONÇA DOENTE

A onça caiu da árvore e por muitos dias esteve de cama seriamente enferma. E como não pudesse caçar, padecia fome das negras.
Em tais apuros imaginou um plano:
- Comadre arara- disse ela- corra o mundo e diga à bicharada que estou à morte e exijo que venham visitar-me.
A irara partiu, deu o recado e os animais, um a um, principiaram a visitar a onça.
Vem o veado, vem a capivara, vem a cutia, vem o porco-do-mato.
Veio também o jabuti.
mas o finório jabuti, antes de penetrar na toca, teve a lembrança de olhar para o chão. Viu na poeira só rastros entrantes, não viu nenhum rastro sainte. E desconfiou:
-Hum!...Parece que nesta casa quem entra não sai. O melhor, em vez de visitar a nossa querida onça doente, é ir rezar por ela...
E foi o único que se salvou. (LOBATO, Monteiro, Fábulas, editora brasiliense, 2004, p. 4
[1] Competência e Habilidades propostas no Currículo da Educação Básica das Escolas Públicas do Distrito Federal - Ensino Fundamental- 1ª à 4ª série, 2000, p. 99 à 102.
Para visualizar mais fotos entre no blog: galeralegal2008blogspot.com

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